9.3.11

Devaneio Bucólico


Você

Em sua massa, densidade e conteúdo

Se resume em todos os meus clichés

(pausa)

Te abraço apertado a evitar frestas

Meu amor por ti transborda

Aflora

Afora o tudo, me acorda em manhãs sutis

Com o perfume de flores da cor do vento

Tu és o meu maior bem

O mais puro sentimento

E fico contente só de ter o teu cheiro

Somente teu

Preso àquele lenço que já nem cheira mais

E teu sorriso bobo

Que me acalenta sob o sereno

Ou o orvalho

Seja o que for!

Chuva de amor

Quando olhas para mim

Me pego tremendo

E parto pro abraço

Tenho-te em laço

Enlaçado

E em claro

Passo as noites em que tu não estás

A contar números e seus radicais

A sonhar, lembrar, prender e defenestrar

Prendo a respiração

E aí tu vens

Como que sempre tivesse estado

E me amparas em teus braços

Brincas com meus cabelos

E fazes graça de minhas saudades

Me levas embora com pressa e,

no caminho,

Me dizes em teu velho tom casual

Que me amas

Que me amas

Depois já nem sei mais

Fecho os olhos

Cruzo os dedos

E que assim sejamos,

eu desejo,

até o fim dos tempos.

4 comentários:

Aline disse...

Doces são suas palavras.
Permitem sentir, flutuar, desejar!
Parabéns!!!!!

Brunno Lopez disse...

Se tivesse uma balança emocional, sensitiva, nobre, honesta e abstrata, certamente iria atigir o nível máximo com essa declaração em frases soltas que acabei de ler.
Nota-se uma suavidade absurda e uma calma inebriante que convida os olhos de quem viaja por aqui a ficarem abertos por todo o sempre.
Parabéns por esse sentimento glorioso.

esdras disse...

Ufa!!!! Que folego você tem para escrever desse jeito!!!!

Solilóquio ao longe disse...

Quanta delicadeza...


Venha visitar-me com suas flores em meu blog poético:
www.soliloquioaolonge.blogspot.com

Um beijo,
Seguindo-me, te sigo também,
Tatiane Sales